sábado, 24 de dezembro de 2011

ESCOLA, FUTURO GARANTIDO?


Estamos encerrando o ano de 2011, e novamente tivemos um ano marcado por baixos índices de aprovação dos alunos de escola públicas em processos seletivos (ENEM e Vestibular) para as Universidades Estaduais e Federais. Independente de qualquer meio seletivo, candidatos que vêm de escolas públicas serão sempre a menoria. A falta de estrutura nas escolas públicas é visível. Existem falhas nos planejamentos pedagógicos. Não existe no planejamento um projeto trabalhado para preparação dos processos seletivos. A matéria de Inglês, por exemplo: trabalha o verbo To Be do 6º ano até o 2º ano do ensino médio, enquanto no processo seletivo é visto a interpretação do texto e algo sempre mais avançado que não vemos em sala de aula. O mesmo acontece com a matemática, estudamos assuntos que só explora o modelo arme e efetue quando nos seletivos a maior parte é diluída em problemas, ou seja, o arme e efetue são acompanhados de: ler, assimilar, armar, efetua e assinalar a alternativa correta. A resolução em problemas é sempre mais difícil à montagem dos textos dos problemas são sempre mais complexos de entender, nada contra se nas escolas tudo isso fosse trabalhado com frequência. Outra questão ainda, na sala de aula não se usa a tal Casca de Banana, que derruba muitos alunos nos vestibulares e concursos públicos. As escolas trabalham com média seis para aprovação do aluno, muito distante do que se pede em vestibulares. A avaliação de alunos já quase não existe mais, e a forma de alcançar notas para média é feito através de trabalhos, projetos (feira de cultura) ou teste em dupla e consulta aos cadernos, mas não temos duplas e nem consultas nos vestibulares e concursos. Agora uma pergunta? Se os professores aperfeiçoassem tudo isso de tal maneira que os alunos alcançassem a sua média nos processos seletivos, haveria vagas nas Universidades para todos?
Temos um problema tanto sério quando. Redação e matemática, talvez sejam os resultados mais desastrosos em concursos e vestibulares. As universidades e Faculdades não formam muitos profissionais na área de matemática, e os poucos que se formam quase não chegam as escolas públicas por falta de concursos públicos, sendo assim aparecem alguns como monitores, onde se submetem a baixos salários e ainda tem seus contratos com datas de vencimentos no meio do ano letivo, dai se espera de dois a três meses para chegar o substituto, e em muitos caso termina o ano e o outro professor não apareceu. Hoje temos mais alunos fora da sala de aula do que fora da escola. Não se consegue mais silêncio e concentração em sala de aula porque a escola está sempre no horário de recreio, tem sempre quatro a cinco turmas em aulas vagas. A falta de professores é uma constante, quando não tem professor, está doente e de licença médica. As salas estão sempre lotadas, com números excessivos a 45 alunos, levando em conta o desespero do programa Bolsa Família, a obrigação de está matriculado para não perder o benefício, isso às vezes com o aplausível apoio do conselho tutela (ironicamente falando). A situação é realmente difícil para educação. Funcionário que trabalha na linha do: Fingem que me pagam eu finjo que trabalho. Excesso de dias imprensados para prolongar os feriados, e com isso destruindo o calendário escolar. Agora o mais terrível é imaginar que no futuro teremos alunos a sofrer de problemas renais e urinários por se recusarem a frequentar banheiros que normalmente estão sujos e às vezes entupidos. Será que a terceirização é bem vinda? Ou não? Até que ponto alunos e funcionários serão prejudicados? Não serão apenas sindicatos pelegos? Por que é proibido o desvio de função em cargos públicos? Não funciona em empresas privadas? As escolas desta geração tem a prerrogativa de contar com funcionários altamente capacitados para exercerem outras funções, seja na informática, música, teatro, serviços burocráticos e outros, onde o aluno, fator principal na escola, seria beneficiado. A proibição do desvio de função é uma regra do atraso escolar, afinal, educação não é um dever de todos?
FACA NA LÍNGUA DIZ: Pais e alunos abram os olhos.

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