Felizmente apareceu alguém ajuizado e resolveu fazer uma matéria com pessoas de boa memória no mundo do futebol. Domingo, dia 25 a TV Globo exibiu no Esporte Espetacular uma matéria falando do excepcional time do Barcelona, e da origem do fantástico Futebol show. A produção cuidou de correr atrás de entrevistas com quem realmente conhece do futebol brasileiro. Zico, Júnior, Roberto Dinamite, Abel Braga e Parreira foram os verdadeiros analistas do atual futebol do Barça e mencionaram com exatidão a origem do futebol que vem apresentando o clube da Catalunha.
CARLO ALBERTO PARREIRA
A imprensa esportiva brasileira cita a Holanda 1974, mas o ex-treinador Parreira fala do Brasil de 1970, copa do México, e em especial o de 1982, copa da Espanha. Parreira falou do futebol arte que o Brasil praticava. Um futebol de dois toques, coletivo, com qualidades técnicas e de sua própria autoria. Parreira ainda disse que o Brasil não imitava ninguém, mas tinha um futebol arte que infelizmente se perdeu no tempo. E observe que Parreira não se refere apenas à seleção, mas fala do futebol arte nos clubes.
Zico, Júnior e Roberto Dinamite fizeram parte do elenco daquela extraordinária seleção de 80, que pra alguns só não foi a melhor de todos os tempos porque não trouxeram o título. Mas a verdade é que nem a seleção de Pelé jogou o aqueles meninos de 80 jogaram. O técnico Guardiola nunca mencionou a seleção da Holanda, de 74, mas sempre o Brasil de 82, como inspiração para que o Barcelona é hoje. Só vale lembrar uma coisa: os jogadores brasileiros, dessas copas, já eram shows em seus clubes, juntos com outros craques que não foram convocados porque só podem vinte e dois. Pra quem não sabe, Renato Gaúcho chegou a se dar o lucho de se desconvocar, ou seja, desistir da seleção em uma época que ele era titular em qualquer clube do mundo, como foi de: Grêmio, Flamengo, Roma e inclusive da seleção Brasileira. Na época do ponta direita, não existiu ninguém parecido com Renato.
FACA NA LINGUA diz: Nosso maior problema é a concorrência do mercado da bola que impera no futebol. É preciso que um atleta fique com a bola retida nos pés até que as câmeras de uma transmissora focalize o seu show a parte, e logo depois, sua projeção no mercado internacional do futebol e nas propagandas de televisão.
FACA NA LINGUA diz: Nosso maior problema é a concorrência do mercado da bola que impera no futebol. É preciso que um atleta fique com a bola retida nos pés até que as câmeras de uma transmissora focalize o seu show a parte, e logo depois, sua projeção no mercado internacional do futebol e nas propagandas de televisão.
Trocamos a arte pelo dinheiro. O Barcelona retém os dois.
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